A Polícia Civil de Pernambuco decidiu paralisar as atividades por 48 horas a partir da meia noite desta quarta-feira (10). A decisão da categoria foi em assembleia realizada em Recife na segunda-feira (8). EM Petrolina, no Sertão de Pernambuco, cerca de 86 policiais entre delegados, agentes do Instituo Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalista (IC) suspendem os trabalhos.

Apenas os procedimentos de fragrante serão realizados. "Não vai haver registro de Boletim de Ocorrência, nem ouvida em cartório ou perícia no IML. Flagrantes e local de homicídio somente se o delegado estiver presente", explicou o diretor de planejamento do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Roseno Neto.

Entre as reivindicações da categoria estão o pedido de isonomia com a gratificação de risco de vida dos delegados que atualmente é de 100% para os agentes enquanto dos delegados é de 225% sobre o salário base, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, elevação do papiloscopista ao quadro técnico de polícia e nomeação dos policiais aprovados no concurso em 2006.

O sindicalista destaca o governo do estado não sinalizou negociação com a categoria. "O governo nos fez a proposta de 1,5% de aumento em 2015 e isso é uma vergonha. Nosso efetivo é muito baixo. Tem delegacia que está fechando por falta de policial", disse.

A paralisação de advertência acontece até a meia-noite da quinta-feira (11). Roseno Neto afirmou que as delegacias estarão abertas, mas o atendimento à população será restrito.Uma assembleia está marcada para acontecer na sede do sindicato às 18h da sexta-feira (12) e poderá deflagrar greve por tempo indeterminado.