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Maçã pode virar nova cultura no Vale do São Francisco

Não existe registro de cultivo da fruta no clima semiárido. A primeira colheita superou a expectativa dos produtores.

Publicada em 05/12/13 - 689 visualizações

por G1 PE


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Agricultores da região do Vale do Rio São Francisco, em Pernambuco, colheram nesta quarta-feira (4) cerca de 40 toneladas de maçã da variedade Julieta. A produção da fruta é uma inciativa pioneira e inédita no semiárido, região climática onde o vale se encontra, de acordo com o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Paulo Roberto Coelho Lopes. A quantidade superou as expectativas, já que os produtores esperavam fazer colheita de 20 toneladas da fruta. A maior parte já foi vendida para os estados da Bahia e Piauí.

Esta é a segunda colheita da plantação de maçã. A primeira aconteceu em 2012 numa quantidade bem menos, de 8 toneladas. O projeto experimental foi conduzido pela Embrapa Semiárido (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Estudos foram realizados para verificar a viabilidade econômica das maçãs. A pesquisa começou a pedido da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em 2007, que tinha como meta buscar novas alternativas de culturas para a região.

A área plantada foi de 0,4 hectare. Cerca de 22 kg de maçã foi produzido por cada planta. As macieiras em testes no Sertão são variedades desenvolvidas no Sul do Brasil, entre elas Patrícia (criada no Instituto Agronômico do Paraná), Julieta (criada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) e Eva (também criada no Instituto Agronômico do Paraná).

Segundo o pesquisador Paulo Roberto, a maçã da variedade Eva, que também será colhida em dezembro, é bem aceita no mercado. "As variedades que nós temos produzido no Vale do são Francisco são aquelas de baixa exigência de frio que tem um nicho de mercado. Quando a maçã nacional está com muito tempo de câmara fria, entra no mercado a nossa maçã colhida recentemente, suculenta, doce e conquista os consumidores", explicou Paulo Roberto.

Iniciada na década de 1970, a produção de maçãs no Brasil ganhou incentivos fiscais e apoio à pesquisa e extensão rural. Por isso a Região Sul potencializou a produção da fruta, fazendo com que o país deixasse de ser importador e passasse a abastecer o mercado interno. De acordo com a Embrapa, a maçã brasileira conquistou consumidores de outros países, a exemplo dos europeus, que importam de 10 a 20 % da fruta.

Usando a irrigação por gotejo (método econômico que leva a quantidade de água adequada para a planta, além de evitar a evaporação e vazamentos), o pesquisador garante que o clima da região permite plantar em qualquer mês. "Na nossa condição climática não existe registro de outras regiões, com o clima similar ao nosso que haja produção de maçã", relatou o pós-doutor da Embrapa.

O produtor Valdir Moura de Carvalho é o proprietário da área de 0.4 hectare, localizada no Núcleo 3 do Projeto Senador Nilo Coelho, onde a cultura de maçãs está em teste. Mesmo tendo a uva como o grande potencial, ele agora aposta na fruta.

O resultado de dois anos de trabalho anima o produtor que planeja aumentar o espaço em 2015  para 5 hectares. "Eu acho que é mais uma alternativa para o Vale do São Francisco. Além da manga e da uva, a maçã é uma opção excelente", garante Valdir.

O mercado

Das maças comercializadas no Nordeste, a maior parte vem dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, mas ainda há produção vinda do Sul de Minas Gerais, Chapada Diamantina-BA e São Paulo. Segundo Paulo Roberto, ainda não há uma perspectiva concreta de impacto na economia da região com a produção local da fruta. Mas o pesquisador esclarece que  foi iniciando outro estudo de custos para avaliar a viabilidade econômica da cultura na região.

Na cotação de preços desta quarta-feira(04), no Mercado do Produtor de Juazeiro-BA  responsável pela comercialização de frutas e verduras da região, o quilo da maçã custa em média de R$ 3,78 a R$ 5,56, dependendo da variedade.

Inserção: Manoel Eufrázio




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